segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

What Now?

Pois é! Nem cinco dias se passaram desde o último post. Minha cabeça não parou de pensar no assunto por nem um segundo desse feriado maldito chamado Carnaval. Tenho previsão de embarcar em meados de fevereiro de 2013 (daqui 1 ano, aproximadamente) e as dúvidas e a ansiedade corroem meu cérebro de queijo suíço como se eu fosse viajar amanhã. Não falei com ninguém, não liguei pra nenhuma amiga, num fiz nenhum rolê... Passei o feriado todo pesquisando e pesquisando e pesquisando.

Pois bem, cheguei num impasse, colegada. E meu impasse tem o nome de Host Family. A maioria das pessoas de carne e osso (porque as virtuais são inúmeras) que eu conheço que já fizeram parte do programa de Au Pair voltaram vivas e inteiras pra casa, carregando na bagagem experiências incríveis de viagens, amizades e convivência com o inimigo. Algumas ficaram 2 anos, outras retornaram no final do 1º ano e outras abandonaram o programa na metade. E em praticamente todos esse casos a influência principal foi a Host Family. Aí fiquei pensando: "Que posso eu, mera mortal, fazer para evitar cair nas garras de uma família americana maluca que na verdade almeja adquirir uma Isaura Branca?"


Como eu não consegui encontrar respostas sozinha, procurei ajuda no fórum de Au Pairs no Facebook que me pareceu mais bacana e sensato. Lá eu fiz a minha inocente pergunta e pedi dicas sobre o que fazer para evitar surpresas desagradáveis ao chegar na casa da sua Host Family. No degringolar da questão, mencionei o fato de não ter pressa em ter um Match e expressei que não tenho mesmo a intenção de sair daqui pra sofrer abusos ou viver numa condição de subexistência psicológica, afinal eu não como cocô. Ah, manolada, bastou eu falar isso pra plantar a semente da discórdia, né? Fui chamada de Cinderela por querer viver numa família que me deixe fazer o caralho que eu quiser no meu tempo livre e que disponha pra mim condições básicas de manter uma vida bacana enquanto estou SOZINHA EM OUTRO PAÍS. Ao contrário da maioria, eu tô cagando pro estado que vou ficar. Se me mandarem pro Alaska eu vou e vou sorrindo. Pra vocês verem o nível de mau-agouro, mencionaram até o fato de que todas tiravam fotos das viagens, baladas, mas ninguém tinha as manha de tirar foto lavando o banheiro e et cetera.

Pra encurtar a história longa, eu também lavo meu próprio banheiro aqui. Se quiserem um dia até posto foto da coisa linda que é eu de calças dobradas até o joelho, chinelos Melissa de coraçãozinho e luva de látex esfregando o limo da pia. Eu quero que o glamour vá pra puta que pariu se dane! Não estou indo tirar férias. Trabalho todo santo fim de semana e feriado há 14 anos. Não sei o que é churrasco de sábado à tarde. Não sei o que é happy-hour na sexta-feira. Não viajo nem pra Praia Grande há mais de 1 ano. Minhas férias tiveram 2 dias de duração. CADÊ O MEU GLAMOUR DE PAQUITA LOIRA AGORA?

Eu quero é viver uma experiência de intercâmbio cultural sem que pra isso eu tenha que ser tratada como mais uma cucaracha que precisa do "favor" e da boa vontade deles pra estar lá. E eu acho que esses abusadinhos só não se mancam porque muitas meninas aceitam condições absurdas (como trabalhar mais do que as 45 horas semanais e não receber extra por isso, ou exercer funções que não lhes cabe, como o trabalho de housekeeper.) de suas Host Families por medo de entrar em rematch e voltar ao país sem completar o programa. Mas não se esqueçam que VOCÊS TAMBÉM PAGARAM! Não se sintam diminuídas e só aceitem aquilo que está dentro das suas condições. Ter senso de justiça é tão importante quanto ter bom senso. Pra mim lei é sagrada. Estar fora do regulamento é motivo dos fortes pra eu não vir a fechar com a família ou pedir rematch. E culpa deles mesmos, pois foi nas séries que eles exportam que eu aprendi isso.

;)

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