Não sei se é só comigo, mas depois que decidi com toda firmeza
Todo santo dia fico pensando em como será estranho morar com estranhos (nos dois contextos), em quantas vezes eu vou pensar "que caralhas eu vim fazer aqui?", se eu desistirei no meio do caminho, se meu Application está ruim, se as famílias vão gostar de mim, se eu vou travar no inglês na hora do Skype ou da conversa por telefone e só conseguir pronunciar a palavra potato, se eu vou ficar cansada de só ouvir e falar e escrever em inglês, se o avião vai cair, se vou ficar num lugar que tem terremoto ou tornados, se vou bater um carro que não é meu, se as crianças se machucarem enquanto estão sob minha responsabilidade, se eu vou entrar em rematch porque a família não me achou boa o suficiente pra eles, se eu não conseguir aguentar a dor de dar tchau pra minha vidinha e pra minha família e ter um infarto do miocárdio e um AVC em Cumbica mesmo, se eu ou alguém que amo se adoentar enquanto estou morando lá, se acontecer um golpe de estado no Brasil e eu ficar morando no JFK até ser repatriada, se eu pegar uma DST ou qualquer outra coisa que eu com certeza já imaginei ou estou prestes a fazê-lo.
A grande verdade é que toda decisão importante que tomamos na vida nos dá e nos tira muitas coisas e algumas dores são extremamente necessárias para que possamos crescer e viver melhor ali na frente. Medo todos nós sentimos, mas o que nos difere de todas as outras pessoas é que ao invés de sentarmos no troninho, vestimos nossas Pampers (ou Huggies) e vamos em frente.
Bye bye, fellas! ;)
"Make my way back home when I learn to fly high"